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O Rapto das Sabinas (Der Raub der Sabinerinnen)

Farsa em quatro atos Traduzida e adaptada do Alemão para o Português, da obra de Franz e Paul von Schönthan, por Eliane Maria Faganello de Som. Übersetzt und adaptiert vom Deutschen ins Portugiesische von dem gleichnamigen Werk von Franz und Paul von Schönthan. Com notas introdutórias e de rodapé.
1. Auflage 2005
ISBN 978-3-931693-33-6 (alte ISBN 3-931693-33-3)
124 Seiten 20.5 x 15 cm
EUR 10.00

Aus der Einleitung (Notas introdutórias):

A história de Roma é cheia de mistérios e de fatos heróicos. Na ausência de documentos e de provas que possam assegurar a veracidade desses fatos, eles ficam relegados ao domínio da fantasia. E assim, tornam-se lendas, como é uma lenda a própria fundação de Roma, pelos irmãos Rômulo e Remo, que foram amamentados por uma loba.

O episódio "O Rapto das Sabinas" também é uma lenda, conservada na obra de Tito Livio e que reporta ao período seguinte à fundação de Roma e à instituição dos direitos inerentes ao ato de se casar (ius conubii).

É uma lenda cheia de contradições, mas que tem o seu valor assegurado, simplesmente no fato de ser o que é: uma lenda. O que a torna maravilhosa e nos deslumbra, são os elementos de realidade contidos nela, como a geografia e a história do Lácio.

O Lácio, região que conhecemos hoje por Itália, era habitado por povos vindos do norte, provenientes dos grupos célticos, arianos ou indo-germânicos. Esses povos, formavam clãs que guerreavam entre si. Os sabinos pertenciam a um ramo dos sabelius, que habitavam a região do Tibre, muito próximos a Roma, tendo com ela, relações bem pouco amistosas.

Conta a lenda, que depois da fundação de Roma e da organização de seu governo, os romanos, preocupados com a falta de mulheres que garantissem o incremento da população e o consequente fortalecimento da cidade, resolveram abrir as portas a outros povos, oferecendo a eles o direito à independência. No que se refere às mulheres, os romanos dirigiram-se aos sabinos, que recusaram a proposta e teriam, com isso, ofendido a honra romana.

Aconselhados pelo imperador Rômulo, os romanos organizaram uma festa ao deus Netuno, com danças, lutas e grandes banquetes. Para esta festa, convidaram os sabinos, que vieram acompanhados por suas mulheres e filhas.

No decorrer da festa, depois de um sinal do imperador Rômulo, os jovens romanos lançaram-se sobre os convidados, raptando as sabinas.

Este ato indignou outras tribos que, impulsionadas pelo rei dos sabinos, invadiram o Lácio, guerreando contra Roma. Para invadir Roma, os sabinos contaram com a ajuda de Tarpéia, filha de um guarda, que abriu clandestinamente a porta da cidade, entregando-a aos inimigos.

Nos combates que se seguiram, as sabinas, apaixonadas, grávidas e mães, suplicaram pela paz no Lácio. Rômulo não teve outra escolha, senão partilhar com o rei Tito Tácio, o governo da cidade.

Após a morte de Rômulo, foi eleito Numa Pompílio, um sabino, como imperador. No decorrer dos anos e depois de muitas guerras, os povos do Lácio foram se integrando, passando a constituir o povo latino.

A peça "O Rapto das Sabinas", da qual este livro é uma tradução, é uma farsa em quatro atos, escrita por volta de 1883 pelos irmãos Franz e Paul von Schönthan e encenada pela primeira vez, na Alemanha, em 1884.

Por muitos anos, a peça foi destaque em vários palcos alemães, atendendo ao gosto da época. É uma peça divertida, irreverente, sem críticas sociais ou aprofundamentos psicológicos, cuja situação cômica é baseada nos equívocos do cotiano e nas situações de surpresa em que os personagens se envolvem.

Como gênero dramático, esse tipo de literatura teve seu lugar assegurado nos palcos alemães, no final so século XIX, devido sobretudo, à crise da economia mundial e à diminuição do poder aquisitivo da população, além das grandes inovações, vividas pelo teatro da época.

O que a torna relevante para o leitor brasileiro, é a sua relação com a história do teatro em Santa Catarina. A peça foi encenada em Blumenau, em setembro de 1900, durante as comemorações dos cinqüenta anos de aniversário da cidade.

Como a lenda das sabinas, a apresentação da peça em Blumenau também é cheia de fantasias, contradições e surpresas. E talvez por isso mesmo, ela nos encante. É uma peça dos palcos alemães, encenada no Brasil, no início do século XX, em meio à Floresta Tropical.

Como a lenda das sabinas, a leitura desta peça é uma espécie de viagem no tempo. É voltar ás origens do nosso teatro e conhecer um pouco da literatura, que encantou o público da época.

Com essa tradução, espero trazer a história, um pouco mais perto de nós. Não a história linear, com seus dados oficiais e cronológicos. Mas sim, uma história diferente. Uma história de fantasias e de sonhos, que foi contada no palco.


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